Em nota, ele apontou que a retomada da atividade economica deve se fortalecer nos próximos meses. “Entraremos em 2018 num ritmo forte e constante. Continuaremos a trabalhar para garantir que essa expansão seja longa e duradoura, gerando emprego e renda para os brasileiros”, concluiu.
A alta de 0,2% foi registrado no segundo trimestre na comparação com o primeiro trimestre de 2017. Para o IBGE, ainda não é possível dizer que a economia está em recuperação – o instituto só considera que houve crescimento se ele for superior a 0,5%. Economistas ouvidos pelo G1, porém, dizem que o resultado mostra sinais de recuperação. (veja mais abaixo neste texto)
Meirelles, ainda na nota, ressalta que o Brasil registrou dois trimestres consecutivos de crescimento – no primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 1% na comparação com os últimos três meses de 2016.
“Registramos entre abril e junho o segundo trimestre consecutivo de crescimento, depois de dois anos de retração, inflação recorde e desemprego crescente”, diz o ministro.
“As empresas estão voltando a contratar. A inflação baixa e a queda consistente dos juros contribuem para a retomada do consumo das famílias. O IBGE mostrou que o consumo familiar voltou a crescer depois de nove trimestres de retração”, afirmou ele.
Para Planejamento, recessão chegou ao fim 5s5d1i
Também em nota, o Ministério do Planejamento avaliou que a alta do PIB no segundo trimestre confirma o “cenário de recuperação econômica e de fim do período recessivo traçado desde o início do ano”.
“O principal destaque foi a retomada do consumo das famílias e do setor de serviços, resultante de medidas propostas pelo governo de aperfeiçoamento de importantes instrumentos econômicos, como a permissão de saques das contas inativas do FGTS, e de destravamento do crédito às famílias, como a redução dos juros do crédito consignado e do cartão de crédito”, acrescentou.
A pasta avaliou ainda que o desempenho do PIB no segundo trimestre confirma as expectativas do governo de que a segunda metade de 2017 “será ainda mais favorável à atividade econômica, levando a um ano de 2018 bastante promissor para o setor produtivo e para as famílias”.
IBGE não vê recuperação; economistas discordam 4m1f1e
Para o IBGE, no entanto, ainda não é possível dizer que a economia está em recuperação. “É uma variação positiva. A gente nem chama de crescimento. Apontamos crescimento quando é superior a 0,5%”, ponderou coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Pali. “A gente vai ver que estamos num ciclo ascendente da economia. Mas ainda não dá para chamar de recuperação”, acrescentou.
No entanto, para economistas ouvidos pelo G1, o resultado do PIB do segundo trimestre mostra que há sinais de uma recuperação consistente da economia.
“A gente percebe que esse maior dinamismo do consumo está batendo nos serviços, e temos mais fundamentos daqui pra frente para o crescimento consistente da economia”, diz Alessandra Ribeiro, economista da Tendências.
Os dados do PIB também mostram que, apesar dos sinais positivos, o ritmo de atividade continua distante do patamar de antes da recessão. Levantamento do G1 mostra que os principais indicadores econômicos, como emprego e investimento, permanecem abaixo do patamar de 2013, chegando em alguns casos ao nível de 2003.
Os números mostram que o brasileiro voltou às compras após mais de 2 anos de retração no consumo. Esse movimento ainda é tímido, mas contribuiu para uma alta de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre.
Os saques das contas inativas do FGTS injetaram R$ 44 bilhões na economia entre março e julho deste ano. O Ministério do Planejamento chegou a prever que esse valor acrescentaria 0,61 ponto percentual ao PIB de 2017, evitando o terceiro ano seguido de tombo da economia.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/